domingo, 5 de dezembro de 2010

E a história dos florais?




Bem, as plantas estão presentes na vida do ser humano desde o início. Aliás, sem elas não poderíamos nem sobreviver. São elas que nos fornecem oxigênio para respirar, alimento, proteção, vestimenta, remédio, etc. Remédio sob forma de chás, tinturas, emplastros, florais, óleos essenciais...

Conta-se que o uso das flores como remédio é conhecido desde o tempo da Lemúria e Atlântida.  Que foram usadas no antigo Egito, China, Índia, Grécia e Roma e entre vários povos aborígenes do mundo todo.

Porém, é na Idade Média, através das pesquisas de vários estudiosos, que se inicia a descoberta das propriedades das plantas que vão levar à criação dos primeiros florais como os conhecemos hoje.

São personagens importantes nesta história:
.  Hildegard von Bingen, uma monja beneditina do século XII, que trouxe a compreensão energética do reino vegetal, em função do seu interesse nas virtudes terapêuticas do orvalho;
.  Paracelso, médico e alquimista, que no início do século XVI, criou a ‘doutrina das assinaturas’ que mostra que alguma particularidade da planta, como seu formato, cor, crescimento, aroma ou gosto, indica as suas propriedades curativas;
.  Goethe, filósofo do século XVIII, que no seu ‘Tratado das Cores’ afirmou “a flor é a mais perfeita manifestação do mundo vegetal” chamando a atenção para o fato de que na flor se encontra a essência de toda a planta;
.  Samuel Hahnemann, médico, que no final do século XVIII criou a homeopatia;
.  Rudolf Steiner, filósofo, cientista e pedagogo, que no início do século XX propôs uma pesquisa científico-espiritual que integra a clareza do método científico - observação objetiva e documentação dos fenômenos, com a essência da abordagem espiritual - o reverente conhecimento dos estados transpessoais e transfísicos da realidade e do ser.

         Todos estes pesquisadores, ao longo de centenas de anos, foram lentamente introduzindo um novo olhar, um novo conhecimento, uma nova consciência sobre a natureza, sobre o ser humano e sobre as relações entre ambos.  Esta evolução culminou com a criação dos florais pelo Dr. Bach.

Edward Bach


         Edward Bach nasceu em 24 de setembro de 1886, em Moseley, na Inglaterra.

         Iniciou a trabalhar, em 1903, na fundição de bronze de propriedade de seu pai. Foi lá que começou a observar as doenças físicas e os conflitos a elas associados.

         Torna-se estudante de medicina em 1906 e forma-se em 1912 na Birmigham University. Prossegue com seus estudos em Londres e especializa-se em imunologia, bacteriologia e saúde pública. Em 1917 foi operado de um tumor maligno no baço, com um prognóstico de três meses de vida. No entanto, em três meses estava plenamente recuperado graças à férrea vontade de concluir seus estudos.

         De 1914 até o final de 1918 o Dr. Bach praticou a medicina convencional e de 1919 até 1930 foi um médico homeopata. Como homeopata trouxe importantes contribuições que ainda são utilizadas pelos médicos homeopatas - ele desenvolveu uma série de nosódios intestinais conhecidos como os ‘nosódios de Bach’.
        
         Quando estava no auge de sua carreira médica, em 1930, fecha o seu consultório e laboratório em Londres e vai para o País de Gales para se dedicar ao estudo dos diferentes tipos de personalidade humana e à busca de plantas curadoras. Nos próximos anos desenvolve a sua metodologia de preparo de remédios florais e descobre as 38 essências florais que fazem parte do sistema floral por ele criado.

         Durante toda a sua vida de médico ele buscou uma forma alternativa de tratamento para os pacientes por considerar os existentes na época demasiadamente agressivos. A resposta a essa busca ele encontrou na natureza. Ele encontrou na energia das flores a cura para determinados estados de ânimo, ou de alma, que refletem no corpo físico causando doenças. Com a ajuda dos remédios florais promove-se a saúde através do reforço da virtude oposta ao ‘engano’ que levou à doença. O Dr. Bach foi o primeiro a usar essências florais para curar emoções e atitudes específicas.

         Com a sua obra concluída Edward Bach morre em 27 de novembro de 1936.